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24 de junho de 2012

Uma linda mulher e um sonho possível

Quem nunca viu este clássico? Clichê dos clichês! O filme conta a história de uma atraente prostituta que conhece por acaso um homem milionário, que a contrata por uma semana e que acaba apaixonando-se por ela. No período em que a garota é contratada pelo milionário, ela se transforma em uma mulher elegante, para acompanhá-lo em compromissos sociais. No entanto, os dois começam a se envolver mais profundamente, nascendo uma grande e divertida amizade, além de um carinho imenso, e assim, a relação cliente/garota de programa modifica-se para um relacionamento envolvendo sentimento entre homem e mulher e os dois acabam se apaixonando verdadeiramente e terão que enfrentar tudo e todos para poderem vivem esse grande amor, que é cercado de muitos preconceitos da sociedade, momentos engraçadissimos e o fato dela ser uma simples prostituta do subúrbio e ele, um homem conceituado perante as pessoas.


Hoje muita gente também quer viver um conto de fadas, conhecer um príncipe encantado, que venha num cavalo branco. Tenho algumas amigas que estao esperando este sujeito, (sentadas é claro!).Não sou contra, acho que isso acontece com alguns. Sou a favor do amor, acredito no amor, acredito nos sonhos improváveis e nos chamados, amores impossíveis.


Só não acredito no conceito e na busca pela perfeição, que infelizmente alguns buscam, pois procuram um parceiro companheiro e quando encontram, querem que ele seja bonito, além disso, que seja rico, que seja educado, que tenha sucesso profissional e por aí vai, sempre mais e mais...a lista de exigências só aumenta. A busca pelo companheiro ideal nunca acaba, aquela velha história que a grama do vizinho sempre é mais verde.


É lógico que existem pessoas com inumeras qualidades, que de tão boas, quase nao se detecta os defeitos, ou apenas o suprimem, fazendo valer a pena. É preciso ponderar, ver além, tem a visão do coração. Seria muito bom para muitos casais enxergar a bondade num gesto, o carinho numa palavra, o amor num olhar, sem necessariamente expressar palavras conhecidas.


Tenho amigas que tem sorte e outras com sorte alguma para arrumar namorados. Podemos definir a sorte como o acaso aproveitado ou até mesmo como uma inconsequencia do acaso....isso mesmo, inconsequencia, uma série de fatores que eram pra nao acontecer, mas por caprichos acabam acontecendo, e isso é otimo.


No filme a personagem Vivian tem muita sorte, em uma parte do filme, pra quem lembra, onde Julia Roberts não aceitou a oferta de ir pra Nova York e ficar em um apartamento, ter um carro e muitas lojas para fazer compras, ela queria o conto de fadas. O dialogo dos dois é sensacional:


Vivian Ward: Eu quero mais!
Edward Lewis: Eu sei o que é querer mais, eu inventei o conceito. A questão é o que mais?
Vivian Ward: Quero o conto de fadas!


Pra mim quando ela fala que quer o conto de fadas significa que ela quer Amor, quer amar e ser amada. E nós homens precisamos entender que esse amor, transcende muitas coisas, dentre elas a compreensão, o carinho , o afeto, o companheirismo e o cuidado.


Acho que nenhuma mulher deve abrir mão disso em troca de uma vida confortável, mas sem amor. Tem que ter ousadia, é aí que tá a emoção da coisa, ter um amor difícil e arrebatador é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca algo maior. Amar exige coragem e hoje vemos muitos covardes por aí.

3 de junho de 2012

Escolha

Sabe aqueles momentos de questionamentos que nos afligem de maneira tão intensa que é difícil até dormir? Momentos que nos questionam: Estamos no caminho certo? É isso que eu quero para minha vida? uau! Como é complicado responder estas e outras tantas questões relacionadas ao nosso plano de futuro, nossa missão.


Pode parecer inocência da minha parte explanar devaneios que todo adolescente tem, e que acredito que muitos adultos lutam para não ter ou até mesmo sufocam estes pensamentos. Mas a vida é assim, algumas coisas simplesmente ressurgem, como uma Fênix, renascida não das trevas, mas do interior tão profundo que as camadas que a cobriam nem sequer pareciam existir. 


Outro dia, assisti novamente, o filme Homem Aranha - 3, onde Peter Parker estava com uma vida razoavelmente equilibrada com seu amor Mary Jane e suas obrigações de super herói. Mas quando em contato com uma força desconhecida, sua roupa se transforma em negra e seu lado sombrio e vingativo vem a tona, deixando apagado seu jeito benevolente e autruista, negligenciando as pessoas que realmente importam com ele. O filme traz o melhor estilo de aventura que Hollywood sabe fazer tao bem e nos faz pensar também nos momentos que temos que escolher entre a sedução do poder ou o estilo que fomos criados  e costumados a ser.


Essa escolha é maravilhosa em todos os aspectos da nossa vida, "cada escolha requer uma renúncia", renunciar é abrir mão, é abandonar e escolher o outro caminho, mas não quer dizer desistir. Afinal chega uma época na vida em que é preciso abandonar algumas coisas que possuímos por muito tempo.  O apego pode reduzir nossa grandeza porque nos conduz pelos velhos caminhos que nos levam sempre as mesmos lugares.


É preciso mudar e renovar, por isso é preciso sacrificar o que já está antigo e velho em nós. É preciso confiança, auto-estima, inteligência e ousadia, porque se não houver uma pitada de ousadia em nossa jornada, teremos sido apenas uma fração do que poderíamos ter sido.
Albert Einsten, já definia Insanidade como a realização das mesmas coisas esperando resultados diferentes, assim não dá, tem que arriscar de vez em quando. E os riscos requerem sacrifício, requerem escolher outro caminho, ainda que esse caminho seja mais longo, espinhoso ou duro. 


Mesmo que esse caminho nem sempre nos provoque prazer ou certezas, e mesmo que esse caminho nos faça sangrar e até mesmo em algum momento nos provoque dúvidas. Esse caminho deve ser fruto de nossa escolha. 
Fica a lição que o próprio Peter Parker fala em uma das ultimas frases do filme: "não importa o que nos aconteça, nem mesmo as nossas lutas internas. Nós sempre temos escolha. (...) As nossas escolhas determinam quem somos. E sempre podemos escolher fazer o certo".