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29 de fevereiro de 2012

Drácula


Sempre me questiono quando vejo uma amiga bonita, interessante, legal, inteligente, sexy, divertida (ora com todas as qualidades ora com algumas dessas pelo menos) solteira, sendo dispensada por um zé mané. Isso mesmo, sendo largada de novo e de novo por um carinha  qualquer.
Também vi alguns amigos muito bacanas, namorando meninas fúteis, sem graça, e com inteligencia que poderia ser classificada entre um gorila e um orangotango. Que coisa né!

Isso sempre me intrigou, pois meus amigos sempre reclamam que não encontram mulheres para namorar e as mulheres também dizem a mesma coisa. Tá na hora de apresentar essa galera. Mas após algumas observações é possível detectar alguns comportamentos bastante similares que podemos descrever como síndrome de Drácula.

Síndrome de Drácula é quando a pessoa ao se relacionar com seu parceiro, o sufoca, suga suas forças e consome toda sua energia, pouco a pouco, mas ao contrário do impiedoso Vladimir Dracul, que ficou conhecido pela sua crueldade, seu jeito frio de lidar com os inimigos, não sabe que isto está acontecendo. Vai matando a vitima, que na verdade é o próprio amor sem perceber que o sangue está jorrando.

Como o grande Vampiro, a vitima é seduzida, pelo seu charme, seu jeito encantador de olhar, de tocar, tem todos aqueles momentos que cheiro é cheiro, beijo é gosto, pele é química e isso leva a prova, não metafórica, mas literal, palavra por palavra, beijo por beijo, ao vivo e sem cortes, sem censura. A paixão é arrebatadora e como numa cena de Bram Stoker começam a aparecer muitas névoas, começa um processo de hipnose onde a realidade é desorientada...acontece.

Essa áurea de magia e encanto é linda, quase vencedora de um Oscar, mas com o passar do tempo as máscaras caem, os dentes proeminentes se destacam cada vez mais e a mordida está próxima, um sangue será derramado, aliás, muito sangue será derramado, assim como lágrimas que virão na sequencia. A grande diferença é que ninguém ganha no final. Ninguém sobrevive a isso

Tomara que todos encontrem no caminho o verdadeiro Van Helsing com sua estaca de madeira, para libertar esse dilema, esse carma que as vezes não quer ir embora, tem que tomar rumo certo, parar de chupar o sangue alheio e tomar gosto pelo amor, pela liberdade de viver junto, para o outro sem depender do outro. Tudo na vida é escolha, todos nós escrevemos a nossa maneira e sempre tem alguém dando sopa por aí esperando ser a breve introdução, prefácio ou quem sabe um belíssimo capítulo. Depende do desenvolver do texto e de como o personagem vai afetar o autor.